Vanilla OS 2 Orchid, a distro que quer rodar todos os aplicativos

Após quase um ano de desenvolvimento, o Vanilla OS 2, conhecido pelo codinome Orchid, foi oficialmente lançado. Esta versão marca uma transição significativa, substituindo a base Ubuntu da versão anterior pela mais robusta e estável base Debian. Como um dos sistemas operacionais mais esperados do ano, o Vanilla OS 2 promete uma série de melhorias e características intrigantes. Neste artigo, exploraremos o que torna o Vanilla OS 2 especial, seus pontos fortes e fracos, e tudo o que você precisa saber antes de testá-lo.

O que é o Vanilla OS 2 Orchid?

O Vanilla OS 2 Orchid é uma distro Linux imutável, construída de forma modular sobre o Debian. Essa abordagem utiliza contêineres para praticamente tudo, desde aplicações até o próprio sistema operacional. Esse modelo garante que o sistema principal permaneça intacto, mesmo quando as aplicações são atualizadas ou modificadas.

A distro é especialmente voltada para uso em desktops, mas também pode ser utilizada em servidores em uma versão sem interface gráfica. A empresa italiana Fabricators, liderada por Mirko Brombim e Pietro di Caprio (conhecidos pelo Bottles, uma ferramenta para rodar apps Windows no Linux), está por trás do Vanilla OS, e planeja expandir o suporte enterprise com a nova versão.

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O processo de instalação

O processo de instalação do Vanilla OS 2 começa de forma simples com três opções no instalador: Instalar, Recuperação e Desligar. Apesar da interface aparentemente direta, o instalador apresenta alguns desafios. A primeira etapa é selecionar o idioma e o layout do teclado, onde escolher as opções corretas não é tão simples quanto deveria. A escolha do fuso horário e a unidade de disco seguem, com opções avançadas para formatação e criptografia.

No entanto, o instalador pode falhar ao lidar com SSDs que já possuem partições, como foi o caso em nossos testes. A solução foi usar a ferramenta GParted da sessão de recuperação para limpar e particionar o disco antes da instalação. Esse procedimento resolveu o problema, permitindo a instalação bem-sucedida do sistema.

Primeiros passos e configuração inicial

Após a instalação, o sistema pede para conectar à internet e, em seguida, curiosamente, configurar o idioma e o layout do teclado novamente, assim como o nome de usuário e nome de computador. Curiosamente, configurar a senha ocorre no primeiro acesso à tela de login. A interface GNOME é usada sem modificações, o Vanilla OS 2 permite a instalação modular de aplicativos, predominantemente com pacotes Flatpak, e você pode escolher quais aplicações incluir durante a configuração inicial.

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Um detalhe importante é que o Vanilla OS 2 usa Wayland por padrão. Por aqui a distro não funcionou com nossa placa de vídeo NVIDIA, já que o sistema pode não reconhecer ou instalar os drivers corretamente. 

Funcionalidades Exclusivas e Ferramentas

O Vanilla OS 2 oferece várias funcionalidades interessantes, como suporte para aplicativos Android através do Waydroid. No entanto, a integração não é perfeita, exigindo alguns passos adicionais para funcionar corretamente, como a configuração de contêineres específicos para suportar APKs.

Além disso, o sistema inclui o APX, um gestor de containers e pacotes que permite a execução de softwares de diferentes distribuições Linux dentro do Vanilla OS. Essa tecnologia é semelhante ao Linux Container do Chrome OS e permite a instalação e uso de pacotes de distribuições como Ubuntu, Arch e Fedora.

Comparação de Desempenho

Para avaliar o desempenho do Vanilla OS 2, fizemos comparações com o Debian 12. Em geral, o Vanilla OS 2 ficou atrás do Debian 12 em benchmarks de renderização e desempenho de CPU, como o Geekbench. No entanto, obteve resultados melhores em testes gráficos, possivelmente devido ao uso de um kernel mais recente.

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Em testes de jogos, o Vanilla OS 2 apresentou um desempenho bom, com médias de 72 quadros por segundo em CS2, enquanto no Debian, o jogo não rodou. Mas teve desempenho semelhante ao Debian em Shadow of the Tomb Raider.

Também testamos com outros hardwares e o resultado você pode ver no vídeo que acompanha este artigo.

Conclusão

O Vanilla OS 2 Orchid é uma adição interessante ao mundo das distribuições Linux, trazendo uma abordagem inovadora com sua base imutável e uso extensivo de containers. Embora apresente algumas falhas e desafios, especialmente para usuários de NVIDIA e aqueles interessados em suporte para aplicativos Android, a distro oferece uma experiência única e promissora. Se você está disposto a lidar com esses desafios, o Vanilla OS 2 pode ser uma excelente escolha para explorar novas fronteiras no Linux.

Esta não é a primeira vez que testamos o Vanilla OS, em sua primeira edição ele ainda era baseado no Ubuntu e desde lá, o projeto evoluiu consideravelmente. Confira nossos testes com o primeiro lançamento do Vanilla OS!


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