Originalmente programada para decolar em 18 de agosto e, depois, remarcada para 24 de setembro, a missão Crew-9, da SpaceX, foi mais uma vez adiada. Agora, o lançamento está previsto para a próxima quinta-feira (26), às 15h05 (pelo horário de Brasília). Na ocasião, uma cápsula Dragon será lançada por um foguete Falcon 9, com dois astronautas a bordo, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).
Caso esse novo cronograma não se concretize, datas alternativas foram reservadas para sexta (27) e sábado (28). De acordo com o site Space.com, a SpaceX informou, por email, que o adiamento visa garantir que as equipes finalizem as operações de pré-lançamento, o processamento de hardware e monitorem as condições climáticas antes da decolagem.
Os membros da missão SpaceX Crew-9: Nick Hague, astronauta da NASA (comandante), e Aleksandr Gorbunov, cosmonauta da Roscosmos (especialista da missão), posando para o retrato oficial da tripulação no Centro Espacial Johnson, em Houston. Crédito da foto: NASA / Josh Valcarel
Missão SpaceX Crew-9 perde dois membros por causa da Starliner
Esse será o primeiro lançamento de uma missão humana a partir do Complexo de Lançamento 40 da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, que geralmente é usado para lançamentos de satélites. Para isso, a infraestrutura da base precisou de modificações, incluindo a instalação de uma torre de lançamento com acesso direto à espaçonave.
Inicialmente, a tripulação contaria com quatro membros, mas a composição precisou ser alterada. Agora, apenas duas pessoas serão enviadas: Nick Hague, astronauta da NASA e comandante da Força Espacial dos EUA, e Aleksandr Gorbunov, cosmonauta da Roscosmos, a agência espacial russa.
Os assentos das astronautas norte-americanas Zena Cardman e Stephanie Wilson, que participariam da missão, serão ocupados por simuladores de massa, enquanto ambas permanecem elegíveis para futuras missões da ISS.
Membros da tripulação SpaceX Crew-9: Nick Hague e Alexander Gorbunov posam para uma foto de grupo na sede da SpaceX em Hawthorne, com Stephanie Wilson e Zena Cardman, que foram cortadas da missão. Crédito: SpaceX
Essa alteração está relacionada à necessidade de trazer de volta à Terra dois astronautas atualmente em missão prolongada na ISS: Butch Wilmore e Suni Williams. Eles chegaram à estação em 6 de junho a bordo da primeira missão tripulada da Boeing Starliner. No entanto, o retorno foi comprometido após falhas em cinco dos 28 propulsores da espaçonave.
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Após meses de investigação, a NASA concluiu que não seria seguro confiar na cápsula para o retorno dos astronautas, e a Starliner retornou à Terra vazia em 6 de setembro.
Com isso, a NASA elaborou um plano para trazer Wilmore e Williams de volta em uma cápsula Crew Dragon – no retorno da missão Crew-9, em fevereiro do ano que vem. A agência também forneceu trajes espaciais da SpaceX para ambos, já que os trajes da Starliner não são compatíveis com a espaçonave da empresa.
Se realmente isso acontecer até fevereiro, Wilmore e Williams terão passado oito meses no espaço, em vez dos cerca de oito dias planejados. Embora seja um longo período em comparação à média de tempo de duração das missões à ISS, não representará um recorde de permanência. Saiba mais aqui.
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