“Sonhos periféricos podem se realizar”, diz Edson Oliveira de “Cidade De Deus”

O ator Edson Oliveira, responsável por interpretar o jovem Barbantinho em “Cidade de Deus: A Luta Não Para”, série que dá continuidade ao clássico de Fernando Meirelles e Kátia Lund, avalia, em conversa com a CNN, o sentimento nostálgico de retornar ao elenco da produção com a missão de viver o seu personagem a partir de uma maturidade mais consolidada.

A trama do Prime Video é ambientada duas décadas após os acontecimentos do renomado “Cidade de Deus”, lançado em agosto de 2002 nas telonas. “É um mix de emoção incrível, de relembrar o passado e poder viver o presente com os meus amigos. Poder contar essa história novamente e ter esse papel na minha pele é um presente”, entrega.

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Longe de criminalidade, Barbantinho – considerado o melhor amigo de Wilson Buscapé (Alexandre Rodrigues) – carrega o título do “cara mais respeitado da favela”, vislumbrando assim mudanças e oportunidades para os moradores.

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Embora a produção apresente uma nova roupagem, a ideia, segundo Edson, foi manter a essência natural do personagem construída no longa.

“Na série, pegamos toda essa bagagem e, a partir daí, criamos uma continuidade. A gente teve que trabalhar com as atualizações, sabendo que é um novo período, que ele amadureceu, que os sonhos mudaram, e que existe a possibilidade de contar essa trajetória”, explica.


Edson Oliveira vive Barbantinho em “Cidade de Deus: A Luta Não Para” • Divulgação/Renato Nascimento

Apesar do desafio, o ator celebra a equipe que, de forma geral, colaborou positivamente para criar uma atmosfera similar a do filme.

“Tudo ficou orgânico, visceral, muito de dentro para fora. Poder trabalhar com os meus amigos de infância tornou tudo mais fácil. A gente não interpreta, a gente vivencia aquele momento, acho que esse é o principal diferencial”, pontua.

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“A série tem a oportunidade de destrinchar e mostrar a vida desses personagens, de entrar na casa, de compartilhar os sentimentos, de ‘invadir’ um pouco mais para mostrar o lado mais humano, com conflitos internos e familiares”, acrescenta.


Edson Oliveira (Barbantinho) e Alexandre Rodrigues (Buscapé) em “Cidade de Deus: A Luta Não Para” • Divulgação/Renato Nascimento

Novas nuances e histórias pessoais

Se em “Cidade De Deus”, Barbantinho ficava à sombra de Buscapé, sem grandes questionamentos individuais para enfrentar, em “A Luta Não Para” o jovem volta à trama com um protagonismo evidente e particular.

“O filme conta uma parte de um livro, que é imenso, com vários tipos de personagens. E, através desse livro, a gente consegue montar quatro, cinco ‘Cidade de Deus’, e dá vontade de vivenciar tudo isso, de ver em cena. O bom da série é justamente isso, o tempo para conhecer esses personagens a fundo”, diz.

“A gente deu um upgrade para mostrar que os sonhos periféricos de um garoto de comunidade podem se realizar. Ele pode virar uma referência naquele lugar, uma potência e transformar aquilo de dentro para fora. Ser um cara que promove cultura, que promove educação e que tenta trazer uma melhoria, uma política pública interna”.

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Um recado a… Barbantinho

“Barbantinho, obrigado por me deixar emprestar o meu corpo, a minha mente, minha criatividade, a minha alma para dar vida a você. Você é muito importante para mim e para toda a história do cinema brasileiro. A sua história não acaba aqui. A luta continua. A luta não para. E você será lembrado para sempre”, conclui Oliveira.

Assista ao trailer de “Cidade de Deus: A Luta Não Para”

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Este conteúdo foi originalmente publicado em “Sonhos periféricos podem se realizar”, diz Edson Oliveira de “Cidade De Deus” no site CNN Brasil.


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