O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, buscou neste domingo, 15, tranquilizar aliados internacionais e estabilizar os mercados financeiros, um dia após o presidente Yoon Suk Yeol ser acusado e suspenso de suas funções por tentar decretar lei marcial.
Em uma ligação com o presidente dos EUA, Joe Biden, Han garantiu que as políticas externa e de segurança do país serão executadas sem interrupções.
Seu gabinete afirmou que a aliança com os Estados Unidos será mantida e fortalecida.
Além disso, o principal partido da oposição, liderado por Lee Jae-myung, anunciou que não tentará acusar Han por seu envolvimento na decisão de lei marcial.
A legenda justificou que impeachments excessivos poderiam causar confusão na governança nacional.
Han, tecnocrata experiente escolhido por Yoon como primeiro-ministro, foi promovido automaticamente a presidente interino, conforme previsto pela constituição.
Os promotores informaram que Yoon não compareceu a um interrogatório sobre sua decisão de decretar lei marcial e prometeram emitir nova intimação.
Ele e outras autoridades enfrentam acusações potenciais de insurreição, abuso de autoridade e obstrução de direitos civis.
Impactos na segurança e diplomacia
A surpreendente declaração de lei marcial e a crise política que se seguiu geraram apreensão nos mercados e entre os parceiros diplomáticos da Coreia do Sul, especialmente devido às ameaças da Coreia do Norte, que possui armas nucleares.
Biden afirmou que a aliança entre EUA e Coreia do Sul permanece inabalável e destacou a importância da cooperação trilateral, que inclui o Japão.
Han também reuniu seu gabinete e o Conselho de Segurança Nacional para reforçar a prontidão militar do país. Ele expressou preocupações ao comandante das Forças dos EUA na Coreia sobre possíveis provocações militares norte-coreanas, como lançamentos de mísseis balísticos ou ataques cibernéticos.
Philip Turner, ex-embaixador da Nova Zelândia na Coreia do Sul, avaliou que a comunidade internacional ficará satisfeita com a ascensão de Han. Turner destacou que o interino é respeitado em capitais estrangeiras, mas ponderou que a incerteza pode persistir até que o Tribunal Constitucional decida o futuro de Yoon, o que pode levar até seis meses.
Medidas para estabilizar os mercados
Autoridades financeiras da Coreia do Sul prometeram agir para estabilizar os mercados. O Banco da Coreia anunciou que utilizará todos os instrumentos de política disponíveis para evitar volatilidade nos mercados financeiros e de câmbio, enquanto o regulador financeiro informou que considera os eventos políticos como choques temporários, mas está preparado para expandir fundos de estabilização, se necessário.
O banco central destacou que a situação atual exige respostas mais proativas, dado o cenário de incertezas no comércio global e intensificação da competição em setores-chave. Um plano de política econômica está previsto para ser divulgado até o fim do ano.
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