Nesta edição do SDGs in Brazil 2024, em que nove empresas tornaram-se signatárias do Pacto Global dqa ONU, a PepsiCo Brasil se destacou ao aderir, em uma tacada só, a cinco dos movimentos de compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): Ambição NetZero, +Água, Conexão Circular, Elas lideram e Raça é Prioridade. Durante o ato de assinatura, a empresa foi representada pela vice-presidente de Assuntos Corporativos para a America Latina, Suelma Rosa.
A executiva destacou, entre os avanços significativos já alcançados pela PepsiCo, as metas de inclusão racial e equidade de gênero. Na operação Brasil – segundo maior mercado da companhia na América Latina e um dos dez maiores no mundo -, até agosto deste ano, 29% das posições de liderança eram ocupadas por pessoas negras, e 49%, por mulheres. O objetivo, no entanto, é escalar a diversidade racial a 30% e a liderança feminina a 50% até 2025.
“Esses números refletem uma política robusta e uma cultura organizacional que não apenas valoriza, mas exige diversidade e inclusão, alicerces estratégicos para o futuro. Embora o caminho para uma sociedade realmente inclusiva e equitativa ainda seja longo, seguiremos com determinação”, afirma Suelma.
Olhar e exigência positiva em toda a cadeia
Há pouco mais de três anos, a companhia anunciou globalmente uma plataforma de sustentabilidade que mira transformações estratégicas de ponta a ponta. Trata-se da iniciativa PepsiCo Positive (pep+), que tem operação brasileira como protagonista, com ações divididas nos pilares agricultura positiva, cadeia de valor positiva e escolhas positivas. Em entrevista à Exame, Suelma Rosa destacou a importância de organizações exercerem o papel sob seus domínios, mas também engajarem fornecedores e parcerios na jornada.
Para atingir as metas na agricultura, além de reforço do investimento geral em práticas regenerativas, a companhia tem empreendido iniciativas como o projeto piloto “consórcio coco-cacau”, em Petrolina (PE), que lançou em 2022. Com previsão de plantação de 30 hectares em fazenda própria e outros 20 hectares em áreas de agricultores locais, o projeto estima um aumento de 60% no faturamento dos produtores rurais parceiros, garantindo ainda saúde do solo e redução de emissão de GEEs.
A diminuição de emissões é um dos alvos no pilar cadeia positiva e, para tanto, os esfoços sustentáveis incluiram a a implementação de duas usinas termossolares em duas fábricas. A empresa já adotou também a prática de potabilização de efluentes, começando pela fábrica em Itú, onde cerca de 27 milhões de litros de água são tratados e reutilizados ao mês. A partir de outubro deste ano, a unidade deve passar a contar com uma estação de abastecimento de biometano. Neste cenário, em 2025 se tornará a primeira fábrica da PepsiCo na América Latina a neutralizar emissões.
Ouvir consumidor e mitigar riscos
Até 2030, a PepsiCo esperar reduzir em 50% o uso de plástico virgem em seu portifólio global de alimentos e bebidas, usando no mínimo 50% de conteúdo reciclado nas embalagagens de plástico. Outras substituições, agora dentro do pilar escolhas positivas, contemplam a formulação de produtos alimentícios, reduzindo calorias e teor de ingredientes como gordura saturada, sódio e açúcares adicionados. Há cerca de quatro meses, a empresa ainda uniu o útil ao agradável ao lançar o primeiro produto social no mundo, um “Arroz” de Aveia, que serve como preparo alternativo ao arroz e tem lucro 100% revertido para a Instituição Social Amigos do Bem.
Para Suelma Rosa, as iniciativas refletem as responsabilidades na perspectiva ESG, mas também atendem a demandas do consumidor. “A sociedade despertou e o consumidor deseja que as embalagens e produtos que consome tenham origem e destinação consciente. Mais do que responsabilidade, é sobre mitigar riscos de negócios também”, concluí a executiva.
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