O reinventado Zuckerberg não pede mais desculpas, mas admite arrependimentos

De pele bronzeada e visual descontraído, o CEO da Meta Mark Zuckerberg participou de uma entrevista ao vivo com os apresentadores do podcast Acquired, David Rosenthal e Ben Gilbert, em evento em São Francisco, nos EUA, na última quarta-feira, 11.

O evento, que reuniu milhares de fãs, revelou uma nova fase do executivo, marcada por uma atitude mais firme em relação a críticas e uma ênfase em projetos além das redes sociais.

Logo ao subir ao palco, Zuckerberg, que agora cria gado no Havaí, fez uma piada sobre pedir desculpas futuramente pelo que diria naquela noite, mas logo destacou: “meus dias de desculpas acabaram” .

Esse comentário marca uma mudança em sua postura em relação às polêmicas passadas envolvendo a Meta. Zuckerberg admitiu que seu maior erro foi uma “má avaliação política” ao assumir responsabilidade por questões que, em sua opinião, estavam fora do controle da empresa.

Em tom reflexivo, ele observou que parte das críticas recebidas por sua empresa eram infundadas , especialmente no contexto da eleição de Donald Trump em 2016 e do caso Cambridge Analytica.

Zuckerberg também aproveitou para destacar que agora encontrou o equilíbrio certo ao lidar com questões políticas, mencionando uma carta enviada a republicanos da Câmara dos EUA, em que pediu desculpas por censurar desinformação durante a pandemia de Covid-19 em 2020.

Projetos além das redes sociais

Durante o evento, o executivo expressou entusiasmo por projetos fora do universo das redes sociais. Segundo ele, o foco da Meta está em criar conexões humanas, com destaque para o desenvolvimento de óculos de realidade aumentada, óculos de VR e o uso de inteligência artificial.

Ao ser questionado sobre o nome “Meta” e sua ligação ao metaverso, Zuckerberg respondeu que “Meta é um bom nome”, mostrando confiança na estratégia da empresa.

Apesar da atenção aos novos produtos, Zuckerberg reconheceu que suas redes sociais ainda são frequentadas por bilhões de pessoas diariamente, o que coloca questões de moderação de conteúdo como parte inevitável do futuro da empresa.


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