O que são os “dedos da morte” sob o gelo da Antártida?

O inverno no Hemisfério Sul, que vivemos agora, promove um dos espetáculos ocultos mais impressionantes da natureza. Você provavelmente sabe o que é uma estalactite. São aquelas estruturas minerais pontiagudas que descem do teto de uma caverna em direção ao solo. Mas você sabia que elas existem também no mar?

O formato e a lógica são bem parecidos, mas o nome é diferente. Você pode chamá-la de brinícula ou de “dedos da morte”. É um fenômeno submarino raro que foi documentado pela primeira vez em 1974 apenas. Os cientistas sabiam do que se tratava, mas nunca conseguiram registrar imagens.

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Em 2017, porém, a britânica BBC exibiu o fenômeno no seu documentário Earth’s Great Seasons. O vídeo é belíssimo – e deixa muito claro o motivo desse nome de “dedos da morte”:

Pois é! As ramificações se parecem com dedos e, quando ele toca em algo, isso congela na mesma hora. E as estrelas do mar que apareceram no vídeo, por exemplo, morreram.

Como se formam as brinículas?

O fenômeno ocorre apenas nas regiões polares, durante o inverno.

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Nessa época, a temperatura acima do mar cai para mais ou menos -40ºC, bem mais fria do que a água do oceano, que fica em torno de -2ºC.

Nessas condições, o congelamento da superfície não forma um gelo sólido, mas sim “poroso”.

Por esses poros, corre uma água salgada e muito gelada, direcionada para baixo devido à sua densidade.

Esse jato de salmoura resfria a água do oceano ao redor de si, que é menos densa, menos fria e acaba se congelando.

O formato acaba muito parecido com o da estalactite.

Se o mar estiver calmo, essa estrutura segue crescendo até o chão, onde ela continua a se expandir, como mostraram as imagens.

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No solo, o processo continua como um rio de gelo, que congela tudo que encontra pelo caminho.

Existe um universo completo por baixo das geleiras dos pólos – Imagem: Trismegist san/Shutterstock

Você pode acompanhar esse e outros fenômenos no documentário Earth’s Great Seasons, da BBC. Ele está disponível atualmente no streaming apenas para assinantes da Apple TV.

As informações são do IFL Science.

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