MM 24: Operadoras de planos de saúde reduzem lucro líquido em 191%

No ano passado, as operadoras de planos de saúde apresentaram pior desempenho em relação ao crescimento do lucro líquido. De acordo com o levantamento de ­EXAME MELHORES E MAIORES, os planos de saúde apresentaram margem líquida negativa de 961,3 milhões de reais, equivalente a 191,1% menos que em 2022.

A margem líquida é uma espécie de termômetro que mostra a saúde financeira de uma empresa. Ela indica qual foi o lucro real da corporação depois de pagar todos os custos, como aluguel, folha de pagamentos, impostos, insumos etc. “Em outras palavras, é o dinheiro que sobrou para os donos da empresa depois de todas as contas pagas”, explica Samuel Barros, reitor do Ibmec no Rio de Janeiro.

No caso das empresas de saúde, diz Samuel Barros, o impacto negativo na margem líquida ocorreu por causa dos reajustes aplicados pelas operadoras junto aos beneficiários dos planos, que foi inferior à necessidade de equilíbrio das contas das operadoras. “No geral é uma área que hoje encontra dificuldades para repassar ao cliente final os custos e a inflação médica, que tem um comportamento mais agressivo do que a inflação econômica geral”, afirma Barros.

Dados mais recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mostram que, em junho deste ano, havia no país 51 milhões de usuários de planos de assistência médica. A maior parte dos beneficiários é atendida por planos coletivos, geralmente oferecidos por empresas ou sindicatos.

Segundo a ANS, em 2023 foi autorizado 1,93 bilhão de procedimentos pelos planos, entre consultas, exames, terapias e cirurgias. O número representa um aumento de 7,4% em relação ao total de procedimentos realizados em 2022: 1,8 bilhão.

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