Greve na Argentina afeta 37 mil passageiros de avião nesta sexta

Uma greve de funcionários paralisou os voos da Aerolíneas Argentinas nesta sexta-feira, 13. Ao menos 319 voos e 37 mil passageiros foram afetados, segundo a empresa.

A ação começou às 12h desta sexta e deve durar 24 horas. Os trabalhadores pedem aumento salarial e protestam contra medidas do governo de Javier Milei, que quer privatizar a empresa.

A paralisação deve custar US$ 2,5 milhões de dólares à estatal, segundo comunicado da empresa, pelos gastos com multas, compensações, hoteis para passageiros e outros gastos.

A recomendação da empresa aos passageiros com voos nesta sexta e sábado fiquem atentos aos avisos enviados por email. Caso as passagens tenham sido compradas por uma agência de turismo, a recomendação é os clientes falem diretamente com ela.

As empresas Flybondi e Jetsmart seguem operando, mas enfrentam alguns problemas. Segundo o Clarín, há relatos de atrasos em voos e demora no processamento de malas, por conta de efeitos da paralisação da Aerolíneas e da Intercargo, que maneja bagagens nos terminais.

Greve custará US$ 2,5 milhões, diz empresa

Em entrevista à TB, Fabián Lombardo, presidente da Aerolineas, disse que não há mesa de negociação aberta com os funcionários e que a empresa não pretende aumentar as ofertas que já foram feitas.

“A Aerolíneas hoje perde dinheiro. Não temos mais recursos para oferecer no contexto em que o país está”, disse Lombardo. Ele afirmou que a empresa tem um déficit de US$ 73 milhões e tem tomado medidas para se estabilizar, como a demissão de 1.500 funcionários.

Lombardo afirmou ainda que as greves estão comprometendo a imagem da companhia, e que as reservas vem caindo, em torno de 20% nos voos domésticos e 10% nos internacionais.

O governo de Javier Milei criticou a paralisação e disse que os pilotos querem manter privilégios, como o de viajar de graça na classe executiva junto com suas famílias. “Isso não é uma aberração fiscal, mas uma profunda imoralidade. Aqueles que não querem abrir mão de seus privilégios vão acabar afundando a empresa que dizem defender”, disse Manuel Adorni, porta-voz da Casa Rosada.


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