A Câmara de Comércio Exterior (Camex) rejeitou pedido da indústria nacional para elevar o imposto de importação para pneus de veículos de carga. Na mesma deliberação, na quarta-feira (18), atendeu ao setor e subiu a tarifa de pneus de passeio, de 16% para 25%, por 12 meses.
Ambos eram pleitos da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). Para os pneus de carga, o pedido era de elevação de 16% para 35%.
A demanda foi analisada pela Gecex, comitê-executivo da Camex, que é presidida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
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A indústria nacional reclama de uma “invasão” de produtos asiáticos, especialmente chineses. Um estudo encomendado à LCA Consultoria mostrou que os pneus importados do continente chagam ao país com preços, em média, 69% menores que os praticados no mercado internacional.
No período de 2017 a 2023, enquanto as vendas de pneus da indústria nacional, para passeio e carga, caíram 18%, as importações avançaram 117%. Se considerar os cinco primeiros meses de 2024 e de 2017, a queda das vendas nacionais é de 19%, e a alta das importações, de 229%.
Do outro lado do pleito sobre a elevação do imposto para pneus de carga estavam os caminhoneiros. Entidades representativas indicavam que elevar a tarifa faria subir os preços do produto no país. O grupo chegou a ameaçar realizar greve.
Segundo estudo da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidp), a elevação de tarifa deixaria os pneus 25% mais caros no Brasil, impactando no aumento de custos de 6% para o setor de transporte rodoviário.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo rejeita elevar imposto para pneus de carga após pressão de caminhoneiros no site CNN Brasil.
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