O governo argentino de Javier Milei anunciou que submeterá cerca de 40 mil funcionários públicos a um “exame de aptidão”, sendo que aqueles que não forem aprovados poderão ser demitidos.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 10, pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, que destacou que o exame será obrigatório para todos os servidores cujos contratos expirarem em 31 de dezembro.
No serviço público argentino, é comum que funcionários atuem sob contratos temporários, que são renovados anualmente, o que pode criar uma situação de precariedade que pode durar décadas.
Adorni esclareceu que o exame será um requisito necessário, mas a renovação dos contratos também dependerá de outros critérios, como o mérito do funcionário.
“Será um requisito necessário, mas não suficiente, pois depois, claro, definirão a renovação ou não pelos parâmetros habituais de se a pessoa merece a renovação do contrato”, explicou o porta-voz.
Trabalhadores com deficiência ficarão temporariamente isentos da avaliação, já que “os sistemas necessitam de adaptações adicionais”.
Política de ajuste fiscal
Desde que assumiu em dezembro do ano passado, o presidente Javier Milei implementou uma série de medidas de ajuste fiscal, simbolizadas pela chamada política da motosserra.
Entre as mudanças, estão a eliminação do Ministério da Mulher, a despromoção do Ministério da Educação, além da suspensão de organizações de combate à violência de gênero e à discriminação, e do Instituto de Assuntos Indígenas.
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