Às voltas com o ciclo petroquímico, a crise de Alagoas e as dificuldades da Novonor em encontrar um comprador, a Braskem finalmente recebeu hoje uma boa notícia.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou o aumento da tarifa de importação para os 34 produtos petroquímicos, entre eles os principais produzidos pela companhia, de 12,6% para 20%.
A movimentação deve trazer algum fôlego para os resultados da companhia, cujas ações operam próximas das mínimas históricas.
Nas contas de analistas, a mudança deve trazer entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões anuais em EBITDA – tanto pela recuperação de market share que estava ficando com fabricantes americanos e asiáticos, quanto pela recomposição de preços no mercado doméstico.
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O valor representa uma alta de 30% a 40% no EBITDA dos últimos doze meses.
Na melhor linha do ‘sobe no boato e cai no fato’, as ações, que começaram o dia em forte alta, reduziram os ganhos e passaram para o terreno negativo seguindo, com maior magnitude o movimento do Ibovespa.
Por volta das 15h30, negociavam em baixa de 2,7%.
Nos últimos dias, os papéis da petroquímica já vinham em alta com uma série de upgrades de analistas de sellside, que veem o papel muito descontado e já apostavam num eventual aumento das tarifas como catalisador.
Em um mês, a alta acumulada é de 13%.
Ontem, já tinham avançado 4,76% depois de o UBS BB passar sua recomendação de “neutra” para “compra”, apoiados pela redução dos preços do petróleo e pelo ciclo petroquímico, que parece se aproximar do seu piso no ciclo de baixa.
O banco subiu seu preço-alvo de R$ 22 para R$ 28 nos últimos 12 meses.
O Bradesco BBI e o Citi já tinham elevado suas recomendações para a ação nas últimas semanas e o JP Morgan havia posto o papel em “catalyst watch” para uma possível alta.
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