A Organização Mundial de Saúde utiliza o termo “Doença X” para se referir a uma provável doença que possa afetar o mundo. O objetivo é desenvolver estratégias, investir em pesquisas e em tecnologias de enfrentamento a possíveis epidemias e pandemias.
Em paralelo à “Doença X”, a OMS realiza esse mesmo trabalho de monitoramento, prevenção e planejamento a doenças reais, como Covid-19 e Ebola.
Em outras palavras: nas próximas décadas, há uma chance de surgirem novos surtos de doenças em escala similar à do coronavírus, podendo ser uma doença conhecida ou não.
Para enfrentar esse desafio, pesquisadores da Universidade da Califórnia estão desenvolvendo um sistema de alerta precoce baseado em inteligência artificial.
A tecnologia analisará postagens em redes sociais para detectar sinais iniciais de pandemias, utilizando um banco de dados de mais de 2 bilhões de postagens no X, antigo Twitter, coletados desde 2015.
O projeto usa aprendizado de máquina para identificar e categorizar eventos significativos que possam indicar futuros surtos, além de avaliar a eficácia de políticas de saúde pública.
No entanto, a ferramenta enfrenta desafios, como a dependência do X, que não está acessível em alguns países, como o Brasil neste momento, e a escassez de dados internacionais. Por enquanto, os trabalham se concentram nos Estados Unidos.
Conversamos com Roberto Pena Spinelli, físico pela USP, com especialidade em Machine Learning por Stanford e pesquisador na área de Inteligência Artificial. Acompanhe!
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