Antes do bitcoin disparar nos últimos dias e bater uma sequência de recordes após as eleições nos Estados Unidos, outro evento foi essencial para garantir uma valorização do ativo: o lançamento de ETFs de bitcoin em janeiro deste ano. E, em menos de 10 meses, um deles já se firmou entre os maiores fundos das bolsas dos EUA.
Trata-se do IBIT, ETF criado pela gestora BlackRock para acompanhar o preço à vista da criptomoeda. Dados recentes divulgados por Eric Balchunas, analista de ETFs da Bloomberg, apontam que, em termos de ativos sob gestão, o produto já ultrapassou todos os 2,8 mil ETFs lançados nos Estados Unidos nos últimos dez anos.
Balchunas se referiu ao fundo como um “colosso”, destacando que ele chegou à marca de US$ 40 bilhões em ativos apenas duas semanas depois de chegar a US$ 30 bilhões. Ele demorou 211 dias para chegar ao montante, superando com folga o recorde anterior, de 1.253 dias do ETF de mercados emergentes da iShares.
O analista pontuou ainda que, considerando o seu total de ativos em dólar, o ETF de bitcoin da BlackRock está no topo do mercado. Apenas 1% de todos os fundos lançados nas bolsas dos Estados Unidos possuem o mesmo montante de ativos que o produto da gestora.
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O rápido crescimento do ETF reflete, de um lado, uma sequência de aportes intensos de investidores nos 11 ETFs de bitcoin que foram autorizados pela SEC e lançados nos Estados Unidos em janeiro deste ano, em um momento de maior euforia no mercado e atratividade das criptomoedas.
Ao mesmo tempo, o funcionamento desses ETFs faz com que as gestoras precisem adquirir unidades correspondentes de bitcoin aos valores investidores. Na prática, isso significa que, quando a criptomoeda valoriza, as unidades adquiridas também sobem de valor.
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Apenas nos últimos sete dias, o bitcoin disparou mais de 13%. No acumulado do ano, a valorização é de mais de 111%. A combinação desses dois elementos fez com que o ETF da BlackRock registrasse uma disparada no valor dos seus ativos. Atualmente, ele lidera a categoria dos ETFs de cripto.
O bom desempenho dos ETFs de bitcoin e de ether também tem ajudado a impulsionar o mercado de fundos negociados em bolsa. Balchunas pontuou nesta quinta-feira, 14, que o setor já está perto de bater o seu recorde anual de investimentos, na casa dos US$ 910 bilhões.
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