Fundada em 2006 por Alex e Carrie Vik em Millahue, no Vale do Cachapoal, a vinícola VIK é uma das mais renomadas do Chile. Em 2023, apareceu em terceiro lugar no ranking das melhores vinícolas do mundo. Agora, a marca planeja estabelecer presença também no Brasil, mais especificamente em Araçoiaba da Serra, a cerca de 2 horas de São Paulo.
Esse braço no Brasil, na verdade, faz parte de um projeto maior, chamado Fazenda Vista Verde. É um empreendimento liderado pela Luan Investimentos, com orçamento que pode chegar a R$ 350 milhões. O espaço contará com área residencial para a construção de mansões, piscina de ondas, um hotel — o primeiro da marca VIK no Brasil —, além da vinícola.
Cristián Vallejo, enólogo da VIK, explica que, para elaborar o vinho no Brasil, primeiro fará um estudo do solo, assim como foi feito no Chile há 20 anos. “Sei que temos um terroir muito próximo de São Roque, que já elabora vinhos muito bons. Vamos realizar um estudo geológico para garantir que o vinho tenha a nossa qualidade”, detalha Vallejo em entrevista exclusiva à EXAME Casual.
Ele ainda não sabe quais serão as uvas testadas, mas a ideia é aproveitar o que já é cultivado na região, incluindo o uso da técnica de poda invertida, que permite uma maior qualidade dos vinhos. Uma das castas mais usadas, com bons resultados, é a Syrah, que deve estar nos primeiros testes.
Vinho de 100 pontos
Há poucas semanas, a vinícola VIK lançou sua nova safra do icônico VIK, o VIK 2021, já consagrado com a pontuação máxima de 100 pontos por James Suckling, um dos mais prestigiados críticos de vinhos do mundo.
Em 2021, o blend foi meticulosamente elaborado pelo enólogo Cristian Vallejo e sua equipe, destacando as duas variedades emblemáticas da propriedade: 77% Cabernet Franc e 23% Cabernet Sauvignon, capturando o melhor do terroir e da expertise da VIK.
Fazenda Vista Verde
Em entrevista recente à EXAME Casual, Adrian Estrada, CEO da Luan Investimentos, revelou alguns detalhes sobre o Fazenda Vista Verde. O projeto é considerado um marco dentro da empresa por ser ambicioso e voltado principalmente para atender moradores da região metropolitana de São Paulo, onde está a maior parte do PIB brasileiro.
“Além do hotel, o projeto inclui áreas residenciais, espaços de lazer, um centro administrativo, parreirais para a futura produção de vinhos, tudo integrado a um complexo que promete oferecer uma variedade de atrações e experiências únicas aos residentes e hóspedes”, diz Estrada.
Somente o hotel VIK tem um investimento aproximado de R$ 100 milhões. O projeto completo, incluindo infraestrutura e demais fases, deve ter um custo estimado entre R$ 300 e R$ 350 milhões. A expectativa é que a construção leve cerca de dois anos e meio para ser concluída.
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