O candidato republicano Donald Trump venceu no estado da Carolina do Norte, um dos lugares decisivos para a disputa pela Presidência dos Estados Unidos, segundo projeção da agência Associated Press.
Com 89% dos votos apurados, Trump somava 50,8% das intenções de voto, ante 48,1% de Kamala Harris.
Com isso, Trump conquista mais 16 votos no Colégio Eleitoral e passou a somar 230, ante 179 de Kamala. Ele precisa de 270 para vencer.
No modelo americano, a eleição é indireta. O voto popular define quem serão e como votarão os delegados dos estados. Quem vencer em um estado conquista todos os delegados daquele estado, em 48 dos 50 estados. Assim, a corrida eleitoral avança conforme os estados, e os delegados, vão sendo conquistados pelos candidatos.
Acompanhe pelo mapa abaixo quais estados foram conquistados por cada candidato. O mapa mostra ainda quantos delegados cada estado possui. Há 538 ao todo, e é preciso obter ao menos 270 para conquistar a Presidência.
Até a manhã de terça, 5, mais de 79 milhões de pessoas já haviam votado de forma antecipada, ao depositar as cédulas antes da data da eleição, algo permitido em vários estados, ou ao enviar o voto pelo correio. Delas, 41% se registraram como democratas e 39% como republicanos. Outros 20% não se declararam apoiadores de um partido ou não havia dados disponíveis, de acordo com levantamento da NBC News.
Que horas sairá o resultado nos EUA?
A expectativa é que o resultado demore a sair e seja revelado só na quarta-feira ou depois. Como há voto pelo correio, há estados, como Nevada, que consideram as cédulas que chegarem nos dias seguintes à votação. Filas nos locais de votação também podem atrasar o fechamento das urnas e, consequentemente, da apuração.
Como a votação é indireta, mais importante do que observar o total de votos é ver quantos delegados cada candidato consegue no Colégio Eleitoral e qual deles conquista mais estados-chave. Neste ano, há sete estados decisivos. Veja quando deve sair o resultado em cada um deles:
- Noite de terça/madrugada de quarta: Carolina do Norte e Wisconsin.
- Quarta ou quinta-feira: Geórgia e Michigan
- Quinta-feira ou depois: Arizona, Nevada e Pensilvânia
Em 2020, na última eleição, o resultado demorou quatro dias e só saiu no sábado, no começo da tarde.
Como funciona a apuração nos EUA?
No país, cada estado apura os votos localmente e indica o vencedor. Em seguida, a imprensa americana soma os dados e aponta o vencedor. Não há um órgão que centralize a apuração, como o TSE no Brasil.
Trajetórias de Kamala e Trump
Kamala, 60 anos, busca ser a primeira mulher a presidir o país na história. Atual vice-presidente, ela entrou mais tarde na disputa, em julho deste ano, após o presidente Joe Biden desistir da corrida. A democrata teve desempenho melhor nas pesquisas do que Biden, mas não conseguiu abrir vantagem sobre Trump, mesmo tendo arrecadado mais de US$ 1 bilhão em doações, valor bem superior ao rival.
Filha de imigrantes vindos da Índia e da Jamaica, Kamala fez carreira como promotora. Ela foi procuradora-geral da Califórnia a partir de 2010 (o cargo é disputado em eleições abertas no país) e, em 2018, se tornou senadora pelo estado. A democrata disputou as primárias presidenciais em 2020 e, após perder, foi escolhida como companheira de chapa por Biden. Naquele ano, os dois derrotaram Trump, que buscava a reeleição.
Do outro lado, Donald Trump disputa sua terceira eleição presidencial seguida. Ele ficou bilionário após assumir os negócios da família e criar projetos de peso no setor imobiliário de Nova York nos anos 1980. Trump usou a fama como empresário para batizar prédios com seu sobrenome e ficou ainda mais conhecido após ser jurado de um programa de TV, chamado “O Aprendiz”, nos anos 2000.
Trump entrou na política após fazer críticas ao então presidente Barack Obama. Ele disputou sua primeira eleição em 2016 e conquistou a Presidência. Sua gestão foi marcada por medidas contra a imigração irregular, desregulamentação da economia e cortes de impostos a empresas. O republicano comandou o país em meio à pandemia de Covid, em 2020. Trump foi contra medidas de isolamento social e liberou bilhões de dólares em auxílios para os americanos. Em novembro daquele ano, ele perdeu a reeleição para Joe Biden. Trump não reconheceu a derrota e tentou reverter o resultado à força, sem sucesso.
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