DNA do tubarão mais velho do mundo revela segredo da longevidade

tubarão-da-groenlândia pode alcançar sete metros de comprimento e pesar 1,5 toneladas. Esta espécie habita os oceanos Ártico e Atlântico Norte e vive até os 400 anos, alimentando-se de salmões, enguias, focas e ocasionalmente ursos polares. O segredo de tamanha longevidade sempre intrigou os cientistas, mas um novo estudo pode ter desvendado este mistério.

Genoma do animal forneceu respostas importantes

Pesquisadores da Universidade de Bochum, na Alemanha, sequenciaram pela primeira vez o genoma do tubarão.

Eles ficaram surpresos ao identificar 6,5 bilhões de pares de bases, duas vezes mais do que o encontrado no genoma humano, por exemplo.

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Segundo os cientistas, a análise destes dados sugere que as melhorias no processo de reparação do DNA podem desempenhar um papel importante na sua extrema longevidade.

Os resultados foram descritos em estudo publicado na plataforma bioRxiv.

DNA da espécie foi analisado por equipe de cientistas (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

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Reparação do DNA danificado aumenta a longevidade da espécie

De acordo com a equipe, a explicação para a existência de um genoma tão grande está na quantidade de elementos repetidos e auto-replicantes, os genes saltadores ou elementos transponíveis, que correspondem a 70% do total. Estes são pedaços de DNA que podem migrar de uma área para outra e que têm a capacidade de fazer cópias de si mesmos.

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Os pesquisadores explicam que os efeitos destes processos quase sempre são nocivos para o organismo. No entanto, no caso do tubarão é possível que isso ajude na reparação do DNA danificado, aumentando a longevidade da espécie.

Tubarão-da-groenlândia pode viver até 400 anos (Imagem: Shutterstock/Dotted Yeti)

Entre as características únicas encontradas no tubarão-da-groenlândia estão mutações na proteína TP53 (ou P53). Ela é conhecida como a “guardiã do genoma”, já que mantém a integridade do código genético e é uma das principais supressoras de tumores.

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Os cientistas afirmam que são necessários novos estudos para revelar todos os segredos desta espécie. Segundo eles, estas descobertas podem ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos contra doenças em humanos, além de servirem como base para tentativas de retardar o nosso envelhecimento.

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