No tabuleiro pelo topo do e-commerce no Brasil, a asiática Shopee acaba de avançar uma casa. A plataforma marketplace anuncia nesta segunda-feira, 30, o seu primeiro centro de distribuição fulfillment no país, na região metropolitana de São Paulo.
Nesta modalidade, os produtos de vendedores brasileiros ficam armazenados no espaço da Shopee até serem vendidos.
É como se a empresa disponibilizasse seus armazéns logísticos para os vendedores, reduzindo uma etapa do processo: o do envio do produto do centro logístico da indústria para o centro de distribuição da varejista.
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O objetivo, no final das contas, é permitir entregas mais rápidas. Na última semana, inclusive, a empresa asiática anunciou que começaria a fazer entregas em menos de um dia na região metropolitana de São Paulo.
Num período de juros altos e restrição no poder de compra do consumidor, varejistas que trabalham no e-commerce buscam maneiras de chamar a atenção do cliente e garantir a preferência na hora do “último clique”.
A estratégia mais tradicional é a da precificação e do desconto – que agora vai além das datas tradicionais, como Black Friday e Natal, e ganha novas faces com eventos específicos de promoções em companhias como Amazon (Prime Day e App Day) e a própria Shopee (com as datas duplas). Mas a entrega rápida vem logo na sequência e também é destacada como crucial para negócios como Mercado Livre e as brasileiras Magazine Luiza e Casas Bahia.
Não à toa, todas elas já contam com sistemas logísticos fulfillment.
Como será o fulfillment da Shopee
A implementação inicial do centro de fulfillment vai atender vendedores brasileiros focados em itens eletrônicos, eletrodomésticos e produtos de consumo e estilo de vida.
Para os lojistas, o processo de vendas será simplificado, com a Shopee assumindo os processos de armazenagem, embalagem e envio dos produtos, permitindo que se concentrem no crescimento de seus negócios. Já para os usuários, o tempo de entrega será reduzido.
“A expectativa é que a eficiência logística e o suporte oferecido por nossos processos automatizados contribuam para que o negócio ganhe ainda mais agilidade e resulte em um aumento expressivo nas vendas desses lojistas”, diz Felipe Lima, head de Desenvolvimento de Negócios da Shopee.
A empresa conta ainda com 11 centros de distribuição no modelo cross-docking, no qual as mercadorias coletadas via parceiros logísticos são reorganizadas e direcionadas aos hubs de última milha, para serem entregues ao consumidor final.
São quatro unidades em São Paulo e outras no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Pernambuco, Goiás e Rio Grande do Sul.
A Shopee possui ainda 150 hubs logísticos, divididos entre a primeira milha — responsável pela coleta das mercadorias — e a última milha — responsável pela entrega dos produtos.
Atualmente, a empresa conta com cerca de 15.000 funcionários no país e dois escritórios na cidade de São Paulo. Na plataforma, são mais de 3 milhões de vendedores brasileiros, que hoje são responsáveis por 90% das vendas.
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