O primeiro carro da Citroën chegou ao Brasil há 100 anos. De lá para cá, muita coisa evoluiu. A marca atualmente faz parte da gigante Stellantis (dona de marcas como Fiat, Peugeot, Ram e Jeep) e tem uma fábrica no Brasil, em Porto Real, no Rio de Janeiro. O polo industrial vem se destacando nos últimos anos com o desenvolvimento de produtos regionais, incluindo o mais recente Basalt, que chega às concessionárias do Brasil como o SUV mais barato do país, custando R$ 89.990.
Para os próximos anos, os engenheiros brasileiros estarão empenhados em um projeto de um novo carro da marca francesa. O grande diferencial é que ele será um projeto global, vendido inclusive na França. Em entrevista à EXAME Casual, Thierry Koskas, CEO global da Citroën, revela que tudo é guardado de forma muito secreta. “O que eu posso dizer é que o projeto começou, mas ainda não temos muitos detalhes”, diz.
Segundo ele, o carro seguirá os pilares da marca, como conforto e preço acessível. Todo o desenvolvimento é liderado pelo time brasileiro, mas com integração com outras equipes em plantas ao redor do mundo. O carro será lançado em “2000 e alguma coisa”, brinca o executivo.
1 milhão de carros
Thierry Koskas revela que a meta da marca é vender 1 milhão de carros globalmente em até três anos. Atualmente, a marca vende 700.000. Para alcançar esse número, o CEO conta que a América do Sul é um dos pilares mais importantes, em especial o Brasil, por ser o maior mercado da região. “Precisamos incrementar a nossa presença fora da Europa”, diz.
R$ 3 bilhões em investimento
A fábrica de Porto Real, onde são fabricados os carros da Citroën, vai receber um investimento de R$ 3 bilhões nos próximos anos. O valor faz parte de um ciclo da Stellantis, entre os anos de 2025 e 2030, para a América Latina, com um total de R$ 32 bilhões.
Nos planos da companhia, esses recursos serão usados para impulsionar o lançamento de 40 novos produtos e 8 powertrains, além de desenvolver tecnologias como o Bio-Hybrid, soluções de descarbonização em toda a cadeia de suprimentos automotivos e novas oportunidades estratégicas de negócios.
“A nossa principal meta é atuar na descarbonização, modernizar as fábricas e apresentar a tecnologia Bio-Hybrid”, explicou Glauber Fullana, vice-presidente de manufatura da Stellantis para a América do Sul, em entrevista recente à EXAME Casual. Ele mantém em segredo os detalhes dos próximos lançamentos, mas a meta é apresentar ao mercado um carro híbrido flex plug-in até o final do ano.
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