O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, recebeu o líder opositor venezuelano Edmundo González Urrutia em Madri na terça-feira, 17, com quem trocou “opiniões sobre a situação atual e sobre democracia, liberdade e diálogo na Venezuela”.
A reunião de Albares com González Urrutia, que o ministro espanhol divulgou nas redes sociais, ocorreu logo após uma reunião com o principal líder da oposição espanhola, o conservador Alberto Núñez Feijóo, do Partido Popular (PP), que se referiu a ele como o “presidente eleito da Venezuela”.
Na semana passada, o Congresso espanhol apoiou uma iniciativa para instar o governo espanhol, liderado pelo socialista Pedro Sánchez, a reconhecer González Urrutia como o presidente legítimo da Venezuela.
Edmundo González Urrutia, que chegou à Espanha em 8 de setembro após solicitar asilo político, se reuniu durante esse período com Sánchez, com o ex-líder socialista Felipe González e com os ex-presidentes conservadores Mariano Rajoy e José María Aznar.
Tanto Núñez Feijóo quanto os ex-presidentes do governo espanhol se mostraram a favor de reconhecê-lo como presidente eleito da Venezuela após as eleições de 28 de julho, nas quais González Urrutia concorreu contra o atual governante, Nicolás Maduro.
No entanto, o governo espanhol insiste na solicitação de que os registros eleitorais sejam tornados públicos para reconhecer o vencedor das eleições, uma posição defendida pela União Europeia.
Em meio a essa situação, a ministra porta-voz do governo de Sánchez, Pilar Alegría, rejeitou nesta terça-feira as alegações do governo de Maduro de que a Espanha está fornecendo mercenários para uma suposta operação contra ele.
Na entrevista coletiva após o Conselho Ministerial desta terça-feira, Alegría também indicou que o governo espanhol está em contato permanente com as famílias dos dois espanhóis detidos no país sul-americano sob acusações de terrorismo.
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