A BlackRock divulgou nesta semana um relatório em que busca avaliar qual seria a alocação mais benéfica para investidores em bitcoin, considerando a composição de portfólios. O resultado encontrado pela maior gestora do mundo é que uma alocação entre 1% e 2% do total do portfólio é a mais “razoável”.
O estudo teve como premissa o foco de que a criptomoeda, lançada em 2009, já passou por “grandes valorizações e vendas”, resultando em uma volatilidade que, junto com “características únicas” do ativo, “levantam questões sobre qual papel ele deveria ter em portfólios”.
“O valor do bitcoin aumenta quando sua oferta predeterminada enfrenta uma demanda crescente – e a demanda muda com base em evoluções da crença dos investidores no potencial do bitcoin para se tornar mais amplamente adotado”, pontuam os analistas da gestora.
Eles citam como exemplo a disparada da criptomoeda após a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, já que havia a visão de que a gestão do político tende a impulsionar a adoção de ativos digitais nos próximos anos.
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Nesse sentido, a BlackRock afirma que “o potencial para uma futura adoção generalizada é, portanto, central para o caso de investimento do bitcoin. Acreditamos que o período que antecede a adoção em larga escala é onde os investidores poderão conseguir o maior potencial de retorno futuro”.
Entre os elementos que podem impulsionar a adoção da criptomoeda, o relatório cita o uso em transações transfronteiriças, o seu aspecto aberto e descentralizado, a falta de capacidade de governos interferirem diretamente no ativo e sua oferta limitada.
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Considerando esses pontos, a BlackRock avalia que “há um caso” para justificar a presença do bitcoin em portfólios multiativos, “desde que você acredite que ele será mais amplamente adotado no futuro e se sinta confortável em assumir o risco de uma queda de preços potencialmente rápida”.
“É por isso que os investidores precisam equilibrar os prós e os contras ao decidir se devem investir em bitcoin”, destaca a gestora. Sobre o investimento em si, a BlackRock avalia que a criptomoeda possui características e dinâmicas únicas que impedem uma comparação com ativos tradicionais e análises de preço levando critérios tradicionais em conta.
Entretanto, ela afirma que um paralelo com o grupo das 7 grandes ações de tecnologia do mercado é um “ponto de partida útil”. A partir disso, as simulações e análises da gestora chegaram à conclusão de que uma alocação de 1% a 2% é a que dá os melhores resultados para os investidores sem expô-los a riscos muito significativos de perda.
“Olhando para o futuro, se o bitcoin realmente alcançar uma ampla adoção, ele também poderá se tornar menos arriscado – mas nesse ponto, poderá já não ter um catalisador estrutural para novos aumentos consideráveis de preço. O caso de investimento com foco em valorização de longo prazo pode então ser menos claro quando isso ocorrer, e os investidores podem preferir usá-lo taticamente para se proteger contra riscos específicos, semelhante ao investimento no ouro”, comenta ainda a BlackRock.
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