BC da Inglaterra pode ser “mais agressivo” com cortes de juros, diz presidente

O Banco da Inglaterra pode agir de forma mais agressiva para reduzir a taxa de juros se as pressões inflacionárias continuarem enfraquecendo, mas os conflitos no Oriente Médio poderão aumentar os preços do petróleo, disse o presidente da instituição, Andrew Bailey.

Bailey disse ao jornal The Guardian que o banco central britânico pode ser “um pouco mais ativista” e “um pouco mais agressivo” em sua abordagem para reduzir os juros caso haja mais notícias positivas sobre a inflação.

A libra – que tem se fortalecido recentemente, à medida que investidores viam menos cortes de juros no Reino Unido do que em outros países — era cotada a US$ 1,31005, em queda de 1,24%, a caminho de seu maior recuo diário em quase seis meses.

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Investidores apontavam uma chance de 97% de um corte de 25 pontos-base pelo Banco da Inglaterra em sua reunião de novembro. Na quarta-feira (3), a probabilidade era de 90%.

A taxa de juros está agora em 5%, após a primeira redução em quatro anos em agosto. O banco central britânico manteve os juros inalterados no mês passado, mas investidores esperam outro corte em novembro.

Rob Wood, economista-chefe da Pantheon Macroeconomics para o Reino Unido, disse que o banco central parece estar caminhando para uma aceleração de seus cortes, mas precisa observar uma redução no crescimento dos salários e na pressão dos preços para cortar os juros em reuniões consecutivas.

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“A barreira para cortes em reuniões consecutivas está caindo, deixando os riscos para nossa previsão da taxa inclinados para cortes mais rápidos”, disse ele.

O The Guardian citou Bailey dizendo que ele está animado com o fato das pressões inflacionárias terem se mostrado menos persistentes do que o banco central temia, mas que os acontecimentos no Oriente Médio representam um risco.

“As preocupações geopolíticas são muito sérias”, disse Bailey ao jornal. “É trágico o que está acontecendo. Obviamente, há estresses e a verdadeira questão é como eles podem interagir com alguns mercados ainda bastante tensos em alguns lugares.”

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Ele disse que parece haver “um forte compromisso de manter o mercado (de petróleo) estável”, mas “há um ponto além do qual esse controle pode ser interrompido se as coisas ficarem realmente ruins. É preciso estar sempre atento a isso, porque pode dar errado”.

Este conteúdo foi originalmente publicado em BC da Inglaterra pode ser “mais agressivo” com cortes de juros, diz presidente no site CNN Brasil.


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