Armadura da ‘imortalidade’ protegia alma da elite chinesa há dois mil anos

Os antigos chineses da dinastia Han, que governou a região de de 206 a.C. a 220 d.C., criaram um traje funerário feito de jade e fios de ouro. Esta verdadeira armadura era usada por membros da realeza, governantes e pela elite local, e acreditava-se que permitia que os seus usuários alcançassem a imortalidade.

Cada traje levaria cerca de 10 anos para ser finalizado

Cada traje funerário era feito com milhares de peças de jade de formato único, que os artesãos costuraram com fios de ouro.

Uma destas armaduras encontradas por arqueólogos contém 2.498 peças de jade.

Os pesquisadores estimam que levaria 10 anos para criar um traje completo.

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Estes objetos eram projetados para proteger todo o corpo, incluindo a alma.

Acreditava-se que eles protegiam o falecido na vida após a morte e evitavam a decadência mortal.

Traje chinês era muito valioso e usado nos enterros (Imagem: Maksim Gulyachik/Shutterstock)

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Existiam diversas regras a serem seguidas para produzir as armaduras

As armaduras são citadas em diversos textos antigos da época. No entanto, elas só foram descobertas em 1968, quando arqueólogos desenterraram dois exemplares na província de Hebei, no nordeste da China.

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Os trajes foram usados nos enterros do governante da dinastia Han, Liu Sheng, o príncipe de Zhongshan, e sua esposa, a princesa Dou Wan. Além da armadura, ambos os indivíduos foram encontrados com pedaços de jade cobrindo seus olhos, ouvidos e outros orifícios corporais.

Armadura protegia corpo e alma (Imagem: chinahbzyg/Shutterstock)

Os pesquisadores também descobriram um conjunto de regras intitulado “O Livro de Han Posterior”, que descreve em detalhes como os trajes foram feitos e como diferentes tipos de fios deveriam ser usados, dependendo do status social de uma pessoa. Por exemplo, a armadura de um imperador usava apenas fios de ouro, enquanto as das elites eram feitas com fios de seda.

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Segundo historiadores, esta elaborada prática de sepultamento acabou sendo interrompida nos anos 500 d.C., durante o reinado do imperador Wen de Wei Ocidental, uma vez que os trajes eram altamente valiosos e estavam sendo alvo de saqueadores. As informações são do Live Science.

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