Apps de namoro podem contribuir para desigualdade de renda

Pesquisadores do Federal Reserves (Fed) e do Haverford College, nos Estados Unidos, descreveram um fenômeno comportamental que está ligado aos aplicativos de namoro. Segundo eles, o uso destes apps para buscar parceiros é responsável, de forma parcial, pelo aumento da desigualdade de renda nos EUA.

Casais têm níveis de renda e educação semelhantes

Usando dados da Pesquisa da Comunidade Americana do Censo (ACS, na sigla em inglês), realizada de 2008 a 2021, os pesquisadores identificaram que as mulheres se tornaram um pouco mais seletivas ao escolher parceiros com base na idade nestes aplicativos.

Leia também:  7 melhores filmes e séries com Maggie Smith

Já os homens se tornaram um pouco mais seletivos com base na educação.

No entanto, quando estes dados foram comparados com os de casais formados entre 1960 e 1980, ficou evidente um novo tipo de comportamento: atualmente, as pessoas tendem a escolher parceiros com níveis de renda e educação semelhantes.

E, embora muitos se casem com alguém da mesma etnia, a seletividade em relação à raça diminuiu ao longo do tempo.

As informações são da Bloomberg.

O Tinder é um dos aplicativos de namoro mais famosos (Imagem: Boumen Japet/Shutterstock)

Leia mais

Startup brasileira lança novo app de namoro com foco na segurança

Leia também:  Alexandre de Moraes manda transferir R$ 18,3 milhões do X e da Starlink para União

É o fim da era dos aplicativos de namoro?

Veja 4 aplicativos de namoro além do Tinder

Apps de namoro causam impacto na renda familiar

De acordo com o estudo, o fato de os norte-americanos estarem se casado cada vez mais com pessoas semelhantes a si próprios é a causa de cerca da metade do aumento da desigualdade de renda entre os lares entre 1980 e 2020.

Os pesquisadores explicam que a escolha de quem casar causa um grande impacto na renda familiar da família. Neste sentido, a busca dos parceiros nos aplicativos de namoro resultou em um aumento de 3 pontos percentuais no coeficiente de Gini, uma medida amplamente utilizada de desigualdade de renda.

Apps de namoro se tornaram bastante populares nos últimos anos (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

A pesquisa mostra ainda que os dois principais fatores que contribuem para a desigualdade por meio da escolha de um futuro cônjuge são a educação e as habilidades. Em seguida, em menor grau, vêm a renda e a idade, enquanto a raça desempenha um papel relativamente insignificante.

Leia também:  Gasto de brasileiros com viagens no país sobe 78,6% em dois anos

O post Apps de namoro podem contribuir para desigualdade de renda apareceu primeiro em Olhar Digital.


Publicado

em

Tags:

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *