Os apoiadores do ex-presidente do Bolívia Evo Morales anunciaram, nesta quarta-feira, que suspenderão por 72 horas o bloqueio de rodovias que mantêm há 24 dias, para “chorar os mortos”, “curar as feridas” e “aguardar o diálogo com o governo”, disse o líder camponês Humberto Claros.
Claros afirmou que o bloqueio, que também estava sendo realizado em defesa de Morales contra um possível mandado de prisão devido a um caso de tráfico de pessoas e estupro, será interrompido “aguardando o diálogo proposto pelo governo”.
“Estamos fazendo uma pausa com uma vigília de 72 horas, por uma questão humanitária, queremos ir e chorar nossos mortos, queremos ir e curar as feridas de nossos feridos, queremos ir e defender nossos prisioneiros neste momento, é por isso que estamos fazendo essa pausa, queremos ver a comunidade internacional agora vindo e intermediando o diálogo que o governo propôs”, disse Claros.
Morales pediu no dia anterior em entrevista coletiva que seus apoiadores parassem com a medida de pressão para atender ao pedido do presidente do país, Luis Arce, de iniciar um diálogo para acabar com o conflito.
Na terça-feira, ele leu um comunicado na cidade de Lauca Ñ, no centro do país, no qual pediu a seus seguidores “um quarto intervalo (pausa) enquanto aguardam o diálogo nacional proposto pelo governo”.
O ex-presidente e líder do partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) está em seu quinto dia de greve de fome, também como medida para forçar um diálogo com o presidente Arce.
Morales está confinado há 24 dias no Trópico de Cochabamba, seu reduto político e sindica
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