Análise: Netanyahu personifica problemas de violação do direito internacional em Guterres

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, persona non grata no país.

A decisão surge em meio a crescentes tensões entre o governo israelense e a organização internacional, especialmente após comentários de Guterres sobre o conflito no Oriente Médio.

Segundo o analista de Internacional Lourival Sant’Anna, a atitude de Netanyahu busca personificar em Guterres os problemas enfrentados por Israel em relação às violações das leis do direito internacional em conflitos na região.

Sant’Anna destaca que esta postura reflete a visão nacionalista do atual governo israelense, considerado o mais à direita na história do país.

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Contexto histórico e violações do direito internacional

O analista ressalta que Israel tem um histórico de violações da lei internacional e das resoluções da ONU, incluindo a ocupação militar da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental e das Colinas de Golã.

A recente escalada do conflito na Faixa de Gaza, resultando em milhares de mortes, intensificou as críticas internacionais.

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Sant’Anna lembra que Guterres, no início da crise atual, afirmou que o ataque do Hamas “não ocorreu no vácuo”, uma declaração que teria atingido profundamente Netanyahu.

Embora o secretário-geral da ONU condene violações atuais ao direito internacional e ofereça perspectivas históricas em seus discursos, sua abordagem tem sido vista como incômoda por Israel.

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Impacto da declaração e repercussões políticas

A declaração de persona non grata tem impacto significativo, especialmente entre correntes políticas que simpatizam com o nacionalismo judaico.

No entanto, Sant’Anna enfatiza que esta posição não representa necessariamente a visão da sociedade israelense ou judaica como um todo, que possui um espectro político amplo e variado.

O analista conclui que a situação reflete um conjunto complexo de problemas no Oriente Médio, onde diversos atores, incluindo Hamas, Hezbollah e Irã, também contribuem para as tensões regionais.

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A postura de Netanyahu, segundo Sant’Anna, tem contribuído significativamente para o acirramento da situação na região.

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