Análise: Hezbollah não diminuirá os ataques a Israel enquanto não houver cessar-fogo

O analista de Internacional Lourival Sant’Anna avaliou que o Hezbollah não diminuirá os ataques a Israel enquanto não for estabelecido um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Em sua análise para o Agora CNN, Sant’Anna ressaltou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não fará um cessar-fogo, e que a situação está se consolidando na direção de intensificar o conflito.

A recente chegada de Gideon Sa’ar ao governo israelense, um opositor ferrenho de Netanyahu, foi destacada pelo analista como um movimento diferente da entrada anterior de Benny Gantz no gabinete de guerra.

Enquanto Gantz buscava contribuir com uma abordagem mais racional na campanha em Gaza, Sa’ar é contra o cessar-fogo e alinha-se mais com a posição atual do governo.

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Fortalecimento da posição contra o cessar-fogo

Sant’Anna explicou que a entrada de Sa’ar e seu partido no governo fortalece a maioria parlamentar contrária a um acordo com o Hamas.

“Agora são 17 deputados no gabinete contra um acordo entre Israel e Hamas. A maioria que era então de quatro cadeiras sobe para oito cadeiras, fica um pouco mais confortável”, afirmou o analista.

Essa nova composição, segundo Sant’Anna, torna “mais difícil ainda, para não dizer impossível” um acordo de Netanyahu com o Hamas.

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O analista ressaltou que o primeiro-ministro israelense “cairia imediatamente se ele tentasse um acordo assim”.

Escalada do conflito no Líbano

A análise de Sant’Anna também abordou a situação no norte de Israel, onde mais de 60 mil israelenses foram deslocados devido aos ataques do Hezbollah.

O analista vê a decisão de Netanyahu de intensificar as ações contra o grupo libanês como uma tentativa de recuperar a segurança na região, uma vez que um cessar-fogo em Gaza não está no horizonte.

“Politicamente a situação está ainda mais consolidada nessa direção de elevar o conflito com os inimigos em vez de buscar um acordo que devolva para Gaza os 100 reféns israelenses nas mãos do Hamas”, concluiu Sant’Anna, indicando que a maioria dos reféns provavelmente ainda está viva, apesar de alguns terem falecido.

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