O recente ataque do Irã a Israel deve levar os Estados Unidos a reafirmar sua aliança histórica com o Estado judeu, segundo a avaliação da analista de internacional Fernanda Magnotta.
Durante o CNN 360°, a analista avaliou as possíveis consequências globais do conflito que se intensifica no Oriente Médio.
De acordo com Magnotta, o apoio americano a Israel provavelmente se traduzirá em “recursos financeiros militares, treinamento e compartilhamento de inteligência”.
O objetivo seria fortalecer as forças israelenses tanto na interceptação de eventuais novos ataques quanto em sua capacidade ofensiva.
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Cautela americana
A especialista ressaltou, no entanto, que os Estados Unidos têm adotado uma postura cautelosa por duas razões principais.
Primeiro, para evitar assumir um problema que, a princípio, é apenas de seu aliado. Segundo, para não provocar a entrada de outros atores no conflito, especialmente a Rússia, importante fornecedora de insumos para o Irã.
“Os Estados Unidos estão evitando mobilizar próprias tropas, mobilizar forças de inteligência in loco, apenas fornecendo apoio”, explicou Magnotta. Essa abordagem visa impedir que o país seja arrastado diretamente para o conflito.
Escalada do conflito
A analista também alertou para o risco de uma escalada descontrolada da situação. Embora Israel tenha caracterizado sua recente operação no Líbano como “limitada” e “direcionada”, Magnotta lembrou que tentativas anteriores de ocupação da região e desmobilização do Hezbollah não foram bem-sucedidas.
“Se a gente pensar na própria invasão ao Líbano em 82, o que também na época era tratado como um ataque circunscrito, acabou virando uma ocupação mal sucedida de 18 anos”, exemplificou.
A especialista ressaltou que tanto a ação israelense quanto a resposta iraniana podem ter consequências ainda desconhecidas e potencialmente mais amplas do que o inicialmente previsto.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Análise: Estados Unidos devem reafirmar aliança com Israel no site CNN Brasil.
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