‘Ainda Estou Aqui’ terá versão estendida de 3h20 no Globoplay, diz Marcelo Rubens Paiva

Na noite desta quarta-feira, 13, em uma conversa com o público no SESC 14 Bis, em São Paulo, o autor do livro Ainda Estou Aqui, Marcelo Rubens Paiva, afirmou que o filme de mesmo nome receberá uma versão de 3h20 no Globoplay. A informação foi enviada por uma fonte próxima à EXAME, que participou do bate-papo gratuito com o escritor.

‘Ainda Estou Aqui’ é tudo isso, mesmo — e tem chances reais no Oscar

Essa segunda parte, comentou Marcelo, terá filmagens inéditas de Fernanda Montenegro como Eunice Paiva, na época em que a mãe do autor sofria com Mal de Alzheimer. “Muitos me perguntaram porque a frase ‘Ainda Estou Aqui’ não aparece no filme. Mas a verdade é que ela está na versão estendida”, revelou no evento “O Luto Como Luta: Traumas do Luto”, que ocorreu nesta quarta-feira, no Teatro Raul Cortez. Ele complementou que aguarda o retorno do diretor do filme, Walter Salles, para divulgar a data de quando o material entra para a plataforma de streaming.

A notícia só foi confirmada pelo autor do livro, que esteve envolvido de perto com a produção do filme. O longa é uma coprodução entre Brasil e França, o primeiro original da Globoplay, com produção da VideoFilmes, RTFeatures e MactProdutions em parceria com a ARTE France e Conspiração. A distribuição será feita também pela Sony Pictures.

A EXAME entrou em contato com o Globoplay, mas ainda não recebeu um retorno. O espaço segue aberto.

A produção de Walter Salles estrelado por Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro, estreou nos cinemas no dia 7 de novembro e segue em campanha para uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional em 2025.

‘Ainda Estou Aqui’ tem chances no Oscar?

O longa de Walter Salles foi a escolha da Academia de Cinema Brasileira neste ano para uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar de 2025. O elenco já passou por diversas cidades do mundo para promover e o filme e, nas últimas semanas, foi divulgado em revistas estadunidenses de relevância para os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que compõem os votantes da premiação. A campanha tenta elegê-lo não só para a vaga entre os filmes internacionais, como também nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Fernanda Torres), Melhor Ator Coadjuvante (Selton Mello), Melhor Direção (Walter Salles), Roteiro Adaptado (Murilo Hauser e Heitor Lorega) e Melhor Montagem (Affonso Gonçalves).

O filme já está na short-list de diversos veículos de imprensa tradicionais de cinema, como a Variety, IndieWire, Vanity Fair, The Guardian e The Hollywood Reporter, para a categoria de filmes estrangeiros. Fernanda Torres também tem chances na categoria de Melhor Atriz. A pré-seleção do Oscar será divulgada em dezembro e a lista dos indicados, em janeiro.

O Brasil já ganhou um Oscar?

O cinema nacional nunca conseguiu um prêmio do Oscar, muito embora já tenha conquistado algumas indicações na premiação. A última vez que recebeu uma indicação de Melhor Filme Internacional foi em 1999, com o longa também de Walter Salles, “Central do Brasil”.

Veja abaixo a lista de filmes brasileiros que já foram indicados ao Oscar:

  • O Pagador de Promessas (1963) – Melhor Filme Internacional
  • O Quatrilho (1996) – Melhor Filme Internacional
  • O Que é Isso, Companheiro? (1998) – Melhor Filme Internacional
  • Central do Brasil (1999) – Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz (Fernanda Montenegro)
  • Uma História de Futebol (2001) – Melhor Curta-metragem em Live-action
  • Cidade de Deus (2004) – Melhor Diretor (Fernando Meirelles), Melhor Roteiro Adaptado (Bráulio Mantovani), Melhor Edição (Daniel Rezende), Melhor Fotografia
  • O Menino e o Mundo (2016) – Melhor Animação
  • Democracia em Vertigem (Melhor Documentário)

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