A importância dos data centers na transição energética

Com o avanço da inteligência artificial, grandes empresas têm buscado alternativas para a instalação de data centers nas mais diferentes regiões do planeta, como forma de atender à crescente demanda por armazenamento digital. Para funcionarem de maneira plena e eficiente, esses equipamentos dependem de ampla oferta de energia.

Lembrando que, pelo porte grande, tais máquinas também consomem grande volume de água para a operação de seus sistemas de arrefecimento. Somado a isso, países com grande potencial energético a ser explorado, principalmente a partir de fontes renováveis, como o Brasil, são vistos como peças importantes no tabuleiro global.

“Além das vantagens estratégicas naturais, temos que entender a questão geopolítica global. Com a inteligência artificial, data centers estão sendo instalados em outros países da América Latina. As empresas veem o consumo de energia e onde colocar esses equipamentos de acordo com a logística de energia e a perspectiva de consumo por muitos anos”, afirmou o presidente do Google, Fábio Coelho, durante evento da Esfera Brasil realizado no Rio de Janeiro, no fim de agosto.

Neste mês, a Amazon anunciou que deve investir mais de R$ 10 bilhões para manter e expandir a estrutura dos data centers da empresa no Brasil nos próximos dez anos. Já a Scala Data Centers e o governo do Rio Grande do Sul selaram um acordo para viabilizar a construção de um centro de infraestrutura digital na cidade de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre.

BNDES lança linha de crédito

Nos últimos meses, a necessidade de despertar a vocação brasileira para reunir as condições necessárias com objetivo de estimular iniciativas no setor tem sido ventilada por nomes da política, como a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos. Em aceno ao setor, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou uma linha de crédito de R$ 2 bilhões para investimentos em data centers. Além de recursos do banco, estão incluídos valores referentes ao Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, gerido pelo Ministério das Comunicações.

“Com a matriz de energia de quase 90% limpa, o Brasil é um país altamente competitivo nesse segmento, pois data centers exigem elevado consumo de energia. Além disso, o investimento em inovação tecnológica e digitalização está no centro da nova política industrial do presidente Lula. O BNDES já aprovou, nesta gestão, R$ 36,1 bilhões para a transformação digital de empresas brasileiras”, indicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

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