O candidato da oposicionista Frente Ampla, Yamandú Orsi, afirmou neste domingo, 24, que quer ser presidente do Uruguai e que iniciou a busca desse objetivo sem pensar em outros planos, e comentou que o Mercosul precisa de uma “injeção de dinamismo”.
Orsi falou com a imprensa depois de votar no segundo turno das eleições presidenciais que o país sul-americano realiza neste domingo, nas quais cerca de 2,7 milhões de cidadãos foram convocados às urnas para escolher entre Orsi e Álvaro Delgado, do partido governista.
Nas eleições presidenciais e parlamentares realizadas em outubro, Orsi não estava em nenhuma lista como candidato a uma cadeira no Senado ou na Câmara dos Deputados.
Quando perguntado sobre isso, ele disse: “Eu quero ser presidente do Uruguai. Fui atrás disso sozinho, sem pensar em outros planos. Só existe um e é para lá que estou indo. Serei militante a vida toda e sempre participarei de atividades políticas”.
Da mesma forma, levando em conta os resultados das últimas pesquisas, ele disse que esperava que os resultados finais fossem iguais.
“Desde que a votação existe, ela sempre foi muito equilibrada. O segundo turno polariza e até agora sempre foi muito equilibrado, então por que deveria ser diferente”, enfatizou.
Por outro lado, ao ser perguntado sobre a primeira coisa que fará se for eleito presidente do Uruguai para o período de 2025 a 2030, respondeu que decidirá nesta noite.
Planos para política internacional
Com relação à política internacional, Orsi falou sobre o Mercosul e disse que o bloco “precisa de uma injeção de um pouco mais de dinamismo”.
“É uma mistura de abertura e unidade. É um equilíbrio complexo. Ignorar o Mercosul é uma falta de jeito”, enfatizou o candidato da Frente Ampla.
Questionado se convidaria Nicolás Maduro para uma eventual posse, disse que “um Estado se relaciona com Estados, não com presidentes ou ideologias”.
“Quando você tem dificuldades diplomáticas com outro Estado, você o coloca no final ou não o considera. Hoje, meu país tem dificuldades diplomáticas”, analisou.
O voto no Uruguai é obrigatório e aqueles que não comparecerem às urnas serão multados. Neste caso, os 2.727.120 eleitores poderão escolher entre uma das duas chapas: a do partido do governo (Álvaro Delgado e Valeria Ripoll) ou a da oposição (Yamandú Orsi e Carolina Cosse).
Para se tornar o sucessor de Luis Lacalle Pou, o candidato vencedor precisará apenas de uma maioria simples. Quem vencer, governará o Uruguai entre 1º de março de 2025 a 1º de março de 2030.
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