O Líbano adiou o início do ano escolar até 2 de novembro como medida protetora em meio à escalada dos combates entre Israel e o Hezbollah.
Cerca de 400 mil estudantes e 40 mil professores foram deslocados das suas casas em todo o país após os combates, disse domingo (6) o ministro da educação libanês, Abbas Halabi.
A maioria das escolas privadas pediu um adiamento do ano letivo devido à “hostilidade (israelense), ao deslocamento e ao estado mental dos alunos”, disse ele.
O ministro disse que a “situação é complexa” e as autoridades precisavam de tempo para aplicar um plano para um ano escolar virtual.
“O atendimento presencial tem perigos de segurança e obstáculos mentais que impedem as famílias de aceitar que seus filhos estarão viajando em estradas para ir às suas aulas”, disse Halabi.
As autoridades libanesas dizem que mais de 1,2 milhão de pessoas foram deslocadas desde a escalada dos combates no mês passado. Muitos foram alojados temporariamente em escolas de todo o país, ou acampados nas calçadas, nos parques, igrejas e mesquitas.
“Esperamos que novos centros sejam encontrados para receber os deslocados em vez de escolas”, disse Halabi.
As universidades podem decidir se os estudantes são autorizados a retornar às instalações educacionais a partir de segunda-feira (7), disse Halabi.
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O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares. São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos. O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais. Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades. Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino. Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense.
A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas. O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Líbano adia começo do ano letivo por causa de guerra entre Israel e Hezbollah no site CNN Brasil.
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