Uma nova variante do coronavírus, chamada XEC, está se espalhando rapidamente e tem potencial para se tornar a variante dominante em todo o mundo, conforme informações do The Conversation.
Detectada pela primeira vez na Alemanha em agosto de 2024, a XEC é uma “variante recombinante”, resultante da troca de material genético entre duas variantes parentais: KS.1.1 e KP.3.3. Ambas as variantes evoluíram da JN.1, que foi a dominante global no início de 2024.
Desde sua identificação, a XEC já foi registrada em mais de 600 casos em 27 países, incluindo os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá e Dinamarca. A detecção da variante ocorre via um banco de dados público conhecido como Gisaid, que coleta sequências genéticas do SARS-CoV-2, o vírus responsável pela COVID-19. O número de casos pode ser maior em países que não sequenciam amostras do vírus de forma rotineira.
O potencial da variante XEC de se espalhar
Atualmente, a XEC representa uma pequena porcentagem das infecções, com maior prevalência na Alemanha (cerca de 13%) e menor nos Estados Unidos (menos de 5%).
Apesar de sua atual classificação como uma variante minoritária, a XEC tem mostrado uma vantagem de crescimento em relação a outras variantes circulantes, sugerindo que pode se tornar dominante nos próximos meses.
Uma característica interessante da XEC é a presença de mutações específicas na proteína spike, crucial para a infecção, incluindo a mutação T22N, proveniente da KS.1.1, e a mutação Q493E, da KP.3.3.
Essas mutações podem influenciar a capacidade do vírus de se replicar e se espalhar, embora ainda não haja dados suficientes para determinar se a XEC causa doenças mais graves.
Os sintomas esperados associados a essa nova variante são semelhantes aos de outras variantes, incluindo febre, dor de garganta, dores de cabeça e cansaço. Com a aproximação do inverno, espera-se um aumento nas hospitalizações devido ao clima mais frio e à maior propagação de vírus, o que não deve ser automaticamente atribuído à nova variante.
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A campanha de vacinação de outono no Reino Unido começará em outubro, com vacinas atualizadas para a variante JN.1, da qual a XEC deriva. Essa vacinação visa garantir um bom nível de proteção contra doenças graves.
Embora a XEC possa se tornar a variante dominante, a evolução contínua do vírus significa que outras variantes, como a MV.1, que também apresenta a mutação T22N, estão sendo monitoradas.
A MV.1 foi identificada na Índia no final de junho e rapidamente se espalhou, tornando-se uma variante a ser observada no futuro. A dinâmica das variantes do coronavírus continua a ser uma preocupação para a saúde pública, à medida que o vírus evolui naturalmente.
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