Pesquisadores se debruçaram pela primeira vez na análise de como os adolescentes passaram pela puberdade durante a Era do Gelo. Assim como os adolescentes dos tempos modernos, a maioria dos indivíduos parece ter iniciado a puberdade aos 13 anos, antes de atingir a idade adulta entre 17 e 22 anos. Mas um esqueleto em particular chamou a atenção dos cientistas.
Sinais da puberdade em adolescentes da época
Uma equipe de paleoantropólogos estudou os ossos de 13 jovens humanos que viveram na Europa paleolítica há cerca de 25 mil anos.
Usando uma variedade de técnicas, os pesquisadores descobriram pistas sobre as mudanças nos corpos destes adolescentes.
Ao analisar áreas específicas do esqueleto, por exemplo, foi possível identificar mudanças na voz e até sinais de menstruação.
Todos os indivíduos morreram no final da infância ou adolescência, entre as idades de 10 e 20 anos, o que não era totalmente incomum para a Era do Gelo.
O estudo ainda aponta que cerca de 20% a 26% das crianças caçadoras-coletoras morreram antes de seu primeiro aniversário, enquanto quase metade faleceu antes dos 15 anos.
As conclusões foram descritas em publicação no Journal of Human Evolution.
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Caso mais antigo de nanismo já identificado
Um dos esqueletos mais interessantes foi o “Romito 2”, um homem de 16 anos que tinha cerca de 1,30 metros de altura. Os pesquisadores acreditam que o adolescente representa o primeiro caso conhecido de nanismo condroplástico, fornecendo uma visão única da vida das pessoas com nanismo na Idade do Gelo.
Ele provavelmente teria a voz profunda de um homem adulto e teria sido fisicamente capaz de gerar filhos, mas ainda pode ter parecido jovem com pelos faciais finos. A aparência de Romito 2 talvez tenha sido mais parecida com a de uma criança do que de um homem adulto, com implicações em como ele era percebido por sua comunidade, destacam os autores do estudo.
Curiosamente, o esqueleto foi enterrado nos braços de uma mulher mais velha, provavelmente sua mãe. Os pesquisadores acreditam que isso pode dizer algo sobre a maneira como ele era percebido pelo círculo social ao seu redor. Uma das teorias propostas é que o indivíduo ainda era considerado mais criança do que adulto quando morreu.
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