Pesquisadores do Federal Reserves (Fed) e do Haverford College, nos Estados Unidos, descreveram um fenômeno comportamental que está ligado aos aplicativos de namoro. Segundo eles, o uso destes apps para buscar parceiros é responsável, de forma parcial, pelo aumento da desigualdade de renda nos EUA.
Casais têm níveis de renda e educação semelhantes
Usando dados da Pesquisa da Comunidade Americana do Censo (ACS, na sigla em inglês), realizada de 2008 a 2021, os pesquisadores identificaram que as mulheres se tornaram um pouco mais seletivas ao escolher parceiros com base na idade nestes aplicativos.
Já os homens se tornaram um pouco mais seletivos com base na educação.
No entanto, quando estes dados foram comparados com os de casais formados entre 1960 e 1980, ficou evidente um novo tipo de comportamento: atualmente, as pessoas tendem a escolher parceiros com níveis de renda e educação semelhantes.
E, embora muitos se casem com alguém da mesma etnia, a seletividade em relação à raça diminuiu ao longo do tempo.
As informações são da Bloomberg.
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Apps de namoro causam impacto na renda familiar
De acordo com o estudo, o fato de os norte-americanos estarem se casado cada vez mais com pessoas semelhantes a si próprios é a causa de cerca da metade do aumento da desigualdade de renda entre os lares entre 1980 e 2020.
Os pesquisadores explicam que a escolha de quem casar causa um grande impacto na renda familiar da família. Neste sentido, a busca dos parceiros nos aplicativos de namoro resultou em um aumento de 3 pontos percentuais no coeficiente de Gini, uma medida amplamente utilizada de desigualdade de renda.
A pesquisa mostra ainda que os dois principais fatores que contribuem para a desigualdade por meio da escolha de um futuro cônjuge são a educação e as habilidades. Em seguida, em menor grau, vêm a renda e a idade, enquanto a raça desempenha um papel relativamente insignificante.
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